terça-feira, 30 de novembro de 2010

O que vem depois?

Depois daquele pesadelo da noite passada no qual você sorria lindo, e se afastava forte e sumia como num piscar de olhos. O que vem depois das noites mal dormidas, das festas estranhas, daquela vodka que faz esquecer milagrosamente? O que vem depois que o telefone toca, que surge um email inesperado? O que vem agora, depois dos tombos, das lágrimas, do silêncio, da distância, da ausência ou até mesmo da presença em horas inoportunas. De toda a cobrança mutua?
Vem chegando e se aconchegando o nada. Não há nada pra vir. Então estaciona aquele vazio e com ele alguma coisa que não se consegue definir. A nostalgia. O ciúme que lateja. A vontade da presença, do físico, do intimo. A vontade do sorriso, da nuca que faz dobrinhas. Fica estático o querer num misto de não querer. As bipolaridades sentimentais que ninguém entende, nem a gente entende. A expectativa do amanhã, da semana que vem. Vem a falta de êxtase com a chegada de uma mensagem inesperada. Pois é, a FALTA de êxtase. A empolgação já não existe mais. E com essa falta vem a tristeza. Tristeza de não saber mais o que se sente. De ter um sapo engasgado na garganta, três discursos prontos, ensaiados noites a fio no banheiro. O abraço reprimido daquela hora que só ele traria de volta a paz. A falta. O medo de ignorar você, ainda presente em minha vida, e dobrar a próxima esquina deixando tudo que fomos pra trás..
Ou quem sabe o medo de ser mesmo você, de amar pra sempre, de continuar te encontrando pra sempre..
O receio de que ao virar a próxima esquina eu te encontre, ou não, de novo no final da avenida.

domingo, 4 de julho de 2010

...

"E se eu me entregar, será que vai rolar?"

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Esgotada.

Principalmente de mim.

Mais um pra hoje

Como era difícil acordar domingo e aceitar o fato de que passei o fim de semana dormindo sozinha. Como era mesquinho sentir inveja dos casais apaixonados dos filmes, que andam de mãos dadas e transmitem uma felicidade incrível a dois. Como era fraqueza pegar o celular no meio da noite e ligar sem identificador de chamadas até a ligação cair. Como era humilhante me sentir pequena perto de uma felicidade visível e insuportavelmente grande. Como era corajoso ouvir pessoas estranhas dizendo coisas realmente desnecessárias a seu respeito. Me resumo fraca nesse tempo. E sei que sou forte por admitir isso. Sei que sou forte por encarar os meus sentimentos. Sei que sou forte pelo fato de não ver em você quem você realmente é. Só vejo uma pessoa vazia agora, vazia de princípios, vazia de caráter, vazia de respeito. Esperava mesmo que fosse um homem de palavras, mas me enganei de novo, tola que sou, você não é se quer um homem que dirá um homem de palavras.

Eu e elas.

Há dois dias atrás eu tinha um ideal fixado na minha cabeça. Eu não ia mais sair, ia reservar um tempo meu. Pode ser que ainda o faça. Mas pra falar a verdade o que eu quero mesmo, de querer do fundo, é um final de semanas com as minhas meninas. Muita coragem, nenhum dinheiro, e elas. Elas, eu e o mundo. Elas, uma garrafa de vodka, uma par de botas, uma boa jaqueta, e uma câmera pra registro. Elas, nossas conversas, nossos medos e um pouco de surpresas. Elas, um táxi e um hotel duas estrelas. Eu quero as amiga que moram fora aqui comigo nesse tal final de semana do descarrego. Quero apuros, quero me sentir única e fazer com que elas se sintam também. Quero que esse dia seja memorável, como os outros inúmeros dias com elas. Quero que ele seja nosso de um jeito extraordinário. Que seja intenso e verdadeiro como o sentimento que nos nutre.
Quero que esse dia chegue logo, porque eu, realmente, preciso delas.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sem titulo.

Eu não sei ser falsa com as pessoas e tenho uma incrível sensação que as pessoas são falsas comigo. Não querendo me gabar nessa coisa de não ser falsa com as pessoas, mas eu sou assim mesmo, se tem aquele alguém que um dia já me fez algum mal, eu não vou puxar papo e nem esbanjar sorrisos. Mas estou disposta a rever conceitos sobre aqueles que um dia, por uma força maior, eu desejei algum mal. Acredito nos seres humanos, acredito que as pessoas possam viver sem atingir vidas alheias só por diversão ou algum tipo de vingança mesquinha. Não gosto de ver alguém sofrendo por amor e me coloco muito no lugar. Acredito que turmas diferentes podem deixar rixas de lado e ter uma convivência pacífica. Acredito que uma vez sua amiga sempre sua amiga. E que a crueldade com que as pessoas lidam com sentimentos devia ser extinta. Porque eu sou feita à base de sentimentos, de reciprocidade, de carinho, de segurança, de amigos. Não é que eu sou uma tonta, estúpida, não, eu não sou otária, existe uma grande diferença entre ser ingênua e ser otimista. Acredito que consideração é sinônimo de respeito, e se não for bem sinônimo está quase lá. Uma vez, me disseram, em uma noite de sábado, que eu não deveria acreditar tanto assim nas pessoas, que o meu coração bom devia fazer algum tipo de ligação com a minha razão, vezenquando. Mas é um tanto quanto difícil pra mim. Eu acredito em olhares, em abraços apertados, em “eu te amo”, em amizade pra toda vida. E mesmo as pessoas me decepcionando ou até mesmo decepcionando aqueles que eu, verdadeiramente, amo, ainda me restam esperanças à estas. Na minha concepção não cabe o fato das pessoas conseguirem ser cruéis ou que elas realmente agem como se vivessem uma vida de novela, tipo Malhação, com armações, trairagens e planos malignos. Isso não é pra mim. Desprezo pré- julgamentos, pré análises. Não basta ler a receita, tem que experimentar o bolo.
Eu odeio as ciências exatas por me tornarem mais humana. E é isso que me move!
Posso mudar daqui alguns anos, mas saberei que segui meu coração e foi isso que valeu.

Só pra constar

''Escrevo porque gosto. Não é pra ninguém, é pra mim. É só pra colocar em palavras o que acontece, pra tornar tudo real.''

segunda-feira, 26 de abril de 2010

...

''Quero acordar do seu lado num domingo de manhã e saber que não temos hora para sair da cama. Quero ouvir você me contar sobre o trabalho e falar detalhadamente de pessoas que eu não conheço, e nem vou conhecer, como se fossem meus velhos amigos. Quero a sua mão no meu cabelo. Quero deitar no sofá. E que, sem mais nem menos, você me jogue sobre a bagunça da minha cama, me beije e me abrace como nunca fez antes com outra pessoa. Quero tomar uma taça de vinho no fim do dia e deitar do seu lado, olhando a lua e ouvindo você me contar histórias. Quero escutar você falar do futuro e sonhar com minha imagem nele, mesmo sabendo que eu talvez possa não estar lá. Quero que você ignore a improbabilidade da nossa jornada e fale da casa que teremos. E que faça tudo isso enquanto passa a mão nas minhas costas e me beija a testa. Quero que você nunca perca de vista a música da sua existência, e que me prometa ter entendido que a felicidade não é um destino, mas a viagem. E que, por isso, teremos sido felizes pelos vários domingos na cama e pelos sonhos que compartilhamos enquanto olhávamos a lua. Que você acredite que não me deve nada simplesmente porque os amores mais puros não entendem dívida, nem mágoa, nem arrependimento. Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida. Que você nunca mais deixe de pensar em mim quando ouvir alguma música que te faça bem. E, por fim, que você continue assim lindo. Para sempre. Mesmo quando eu não estiver mais olhando.''

Karoline C.

domingo, 11 de abril de 2010

Domingo.

Quando as coisas parecem estar fora do eixo, e nada dá certo, e o word fica travando, parecendo que as letras digitadas saem em câmera lenta, e os meus textos parecem não ter nexo, e a gramática esta péssima e o meu humor pior ainda.
Talvez eu esteja sendo dura demais com as minhas amigas, e com a minha família, talvez eu esteja sendo dura demais comigo mesma. Mas eu só quero ficar sozinha, e isso não devia ser pedir muito. Tudo bem eles me amarem e se preocuparem comigo, mas eu só quero um cantinho silencioso. Quero o tempo que eu ainda não me dei. Quero chorar tudo o que tiver pra chorar, sofrer o quanto tiver que sofrer, pra levantar forte amanhã. Forte e segura. Não quero mais abrir os olhos e forçar pra que eles fiquem fechados só pra eu não ter que levantar da cama.
Não quero mais me decepcionar. Não quero que as pessoas me liguem e perguntem se eu melhorei. Não gente, eu não melhorei. Mas eu vou sair dessa. Como já fiz outras vezes. E não, eu não preciso de um psicólogo. Talvez precise de uma arma calibre 32, mas não de uma mulher me falando o que eu devo fazer com a minha vida. É, talvez eu precise que a pessoa que abriu de novo o maldito buraco dentro do meu peito, saia do meu campo de visão. Mas eu disse talvez, porque não sei até que ponto isso será bom, e qual será o ponto que se tornará uma fuga. Preciso, na verdade, que o mundo gire! Preciso de mais paciência e menos frustrações, preciso parar de ser tão sentimentalista e tão cheias de porquês. Ei, minha filha, não existem respostas. É assim e ponto final. Sem explicações plausíveis. Sem porquês a todo instante. Nada de porquês. Nada de lamentações. Pois é, o mundo não é justo, e mais injusto ainda é você ver sorrindo aquele que morre de desejos de ver chorando. Opa, eu disse sem lamentações, minha filha.
E chega, só quero colocar as idéias nos seus devidos lugares e restabelecer a minha paz.

sábado, 10 de abril de 2010

Put Your Records On

Three little birds, sat on my window
And they told me I don't need to worry.
Summer came like cinnamon ,so sweet,
Little girls double-dutch on the concrete.

Maybe sometimes,
We've got it wrong, but it's all right.
The more things seem to change,
the more they stay the same.
Oh, don't you hesitate.

Girl, put your records on,
tell me your favorite song.
You go ahead, let your hair down.
Sapphire and faded jeans,
I hope you get your dreams.
Just go ahead, let your hair down.
You're gonna find yourself some where,some how.

Blue as the sky,
sunburnt and lonely.
Sipping tea in the bar by the road side.
(just relax, just relax)
Don't you let those other boys fool you.
Gotta love that afro hairdo.

Maybe sometimes,
we feel afraid, but it's alright.
The more you stay the same,
the more they seem to change.
Don't you think it's strange?

Girl, put your records on,
tell me your favorite song.
You go ahead, let your hair down.
Sapphire and faded jeans,
I hope you get your dreams.
Just go ahead, let your hair down.
You're gonna find yourself some where, some how.

Just more than I could take,
pity for pity's sake.
Some nights kept me awake,
I thought that I was stronger.
When you gonna realize,
that you don't even have to try any longer?
Do what you want to.

Girl, put your records on,
tell me your favorite song.
You go ahead, let your hair down.(go let your hair down)
Sapphire and faded jeans,
I hope you get your dreams.(hope get your dreams)
Just go ahead, let your hair down. (Baby, let your hair down)

Oh, You're gonna find yourself somewhere, somehow.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Visita ao cemitério

Em menos de dez minutos você se lembra de tudo. Você se lembra o motivo ou os motivos que fizeram tudo se perder. E você se lembra que não é culpado e que, talvez, os outros também não sejam. Assim é a vida. Você se lembra que o grande amor da sua vida. O maior. Aquele que você nunca superou. É o tipo da pessoa que faz questão de ficar a noite inteira longe de você só porque acha charmoso ficar longe de você e não porque queira ficar longe de você. Ele prefere ser descolado do que humano.E você lembra daquela sensação que sentia ao lado dele. De solidão profunda. E você percebe que a vida dele, que você tanto colocou no pedestal, pode ser um pouco boba ou até mesmo triste. Com grana gasta com coisas sem amor. Em minutos você entende como ninguém o que te trouxe até aqui, tão longe dele. Me senti visitando meu próprio cemitério. Com amigos e amores mortos e enterrados. Pessoas que a gente desenterra de vez em quando pra ter certeza que fizemos a melhor escolha enterrando elas. Pessoas que a gente lamenta a distância, afinal, já foram tão importantes e... será que não dá para começar tudo de novo e tentar acertar dessa vez? Pessoas que a gente tenta se agarrar para não sentir que a vida caminha para frente e isso significa, ainda que muito filosoficamente, que um dia vamos morrer. Nossos amigos vão ficando para trás, nossos amores, nossos empregos, casas... um dia seremos nós a desaparecer. Mas a lição que eu aprendi é que não vale a pena consertar um carro pela décima vez. É mais fácil comprar um novo e fim de papo.
Afinal, eu bem que tentei consertar meu relacionamento com algumas pessoas e só ganhei mais e mais poses e menos e menos verdades. Ainda que doa deixar pessoas morrerem, se agarrar a elas é viver mal assombrado.

Pra ser meu texto por hoje

''E você me olha com essa carinha banal de "me espera só mais um pouquinho". Querendo me congelar enquanto você confere pela centésima vez se não tem mesmo nenhuma mulher melhor do que eu. E sempre volta.Volta porque pode até ter uma coxa mais dura. Pode até ter uma conta bancária mais recheada. Pode até ter alguma descolada que te deixe instigado. Mas não tem nenhuma melhor do que eu. Não tem.
Porque, quando você está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que você encontra forças. E, quando você está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que você liga. E, quando está longe de casa gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de você. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, seja para chorar ou para ter algum pensamento mais safado, é em mim que você pensa. Eu sei de tudo. E eu passei os últimos anos escrevendo sobre como você era especial e como eu te amava e isso e aquilo. Mas chega disso.Caiu finalmente a minha ficha do quanto você é, tão e somente, um cara burro. E do quanto você jamais vai encontrar uma mulher que nem eu nesses lugares deprê em que procura. E do quanto a sua felicidade sem mim deve ser pouca pra você viver reafirmando o quanto é feliz sem mim e principalmente viver reafirmando isso pra mim. Sabe o quê? Eu vou para a cama todo dia com 5 livros e uma saudade imensa de você. Ao invés de estar por aí caçando qualquer mala na rua pra te esquecer ou para me esquecer. Porque eu me banco sozinha e eu me banco com um coração. E não me sinto fraca ou boba ou perdendo meu tempo por causa disso. E eu malho todo dia igual a essas suas amiguinhas de quem você tanto gosta, mas tenho algo que certamente você não encontra nelas: assunto.
Bastante assunto.Também sou convidada para essas festinhas com gente "wanna be" que você adora. Mas eu já sou alguém e não preciso mais querer ser. E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim. Coitado.
"

Tati Bernardi

domingo, 21 de março de 2010

Está escrito

''Amores vem e vão. Se o seu se foi, não se desespere, não pare de trabalhar, não caia, não desanime, porque somente o verdadeiro e mais perfeito amor permanece. Permanece dentro da alma, do coração e por maior que seja a distância hoje, você ainda pode sentir algo diferente dentro de você. Tudo tem sua hora certa e nada acontece por acaso. Às vezes, a distância ocorre justamente para um aprendizado nosso, para darmos valor, para pensarmos e melhorarmos, para crescermos e aprendermos. E se for amor de verdade, na sua melhor forma, para o bem de todos os envolvidos, com certeza nada disso é o fim. Acredite em você e no amor que você sente. Você é maior do que qualquer problema seu. Saiba diminuí-lo dentro de você e você saberá exatamente como resolvê-lo. Tenha amor próprio, porque é o nosso primeiro e mais poderoso amor, e quem antes de tudo não se ama, não tem condições para amar e dedicar todo o amor a uma segunda pessoa. MAKTUB! Está escrito!''

sábado, 6 de março de 2010

“Que eu posso amar alguém sem estar com ele o tempo todo”

Entender que o que sustenta um vínculo afetivo não são as rosas vermelhas que você não me manda, ou as quatro ligações por dia que você não faz. Entender que namoro não é casamento, não é prisão. Que o pássaro é muito mais infeliz preso na gaiola do que assoviando no tronco de uma árvore. Entender que idealizar alguém é a melhor maneira de se decepcionar com ela. Que não existe um relacionamento padrão e que é preciso aproveitar aquele que construímos, do nosso jeito desajeitado, ao máximo. E que opiniões e criticas irão surgir mas que o que realmente importará será o amor que só nós entendemos, o amor das três da manhã e do domingo sonolento. O amor nas pequenas coisas, nos pequenos gestos e naquela cara boba que fazemos. Que a compreensão deve existir e que ela deixará as coisas mais leves e melhores. Entender que confiar é difícil, porque ás vezes você vai se magoar, mas que é preciso. Que estar com alguém é uma opção nossa, e mesmo que ninguém entenda nós entenderemos. Que é preciso entender que são duas vidas, dois destinos, duas faculdades, duas turmas, e o que tem de uno são apenas os sentimentos e que é por eles que vamos seguir juntos, da nossa maneira. Que o companheirismo vai estar acima de nossos ideais. E o que realmente terá efeito serão as nossas historias, os sorrisos e a sinceridade. Entender que é preciso sentir a sua falta e que você sinta a minha... e que podemos nos amar sempre, e ainda assim teremos as nossas próprias vidas. E esperaremos um pelo outro.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Que eu tenho medo do escuro



Medo de ficar exageradamente gorda e ranzinza. Medo da prova de Direito Empresarial e do cachorro do vizinho. Medo de enlouquecer, de esquecer, de não viver. Medo não alcançar os objetivos depois da formatura, de depender dos meus pais. Medo dos pesadelos e de dormir com a luz apagada. Medo do meu avô morrer. Do mundo acabar, de fato, em 2012. Mais medo ainda da ficar sozinha. Só de pensar nisso dá medo. Medo de não ter ninguém que espere, que ligue, que realmente se importe. Dos amigos se distanciarem, da família se perder. Da solidão. De estar sozinha. De chegar em casa sozinha. Do celular não tocar mais com aqueeele toque especial. Medo de fazer tanta burrada e chegar aos trinta ainda à procura de alguém pra chamar de meu amor. Medo de afastar as pessoas que me amam, pelo fato de ser mimada e fazer transparecer todo a minha insensatez. De não conseguir parar de falar tanta asneira. E o mais estranho é estar cercada das pessoas mais amáveis e especiais do universo, dos amigos mais lindos, da família mais compreensiva e unida, do namorado de quase uma vida, e mesmo assim sentir medo da solidão. Uma solidão mesquinha, que me assombra e me atormenta. Medo de ter de escancarar uma felicidade forçada, como vejo muitas pessoas fazendo. Medo de sair, beijar muitos homens altos, bonitos, que jamais saberei o nome e colocar a cabeça no travesseiro me sentindo a pessoa mais vazia do mundo. Medo de no futuro, olhar pro passado e me arrepender. Medo a gente enfrenta, mas nesse caso eu só quero adiar por algum (muito) tempo esse confronto.

“Não me deixe só que eu tenho medo de escuro, eu tenho medo do inseguro, dos fantasmas da minha voz. Não me deixe só tenho desejos maiores, eu quero beijos intermináveis até que os olhos mudem de cor. Não me deixe só eu tenho medo do escuro, eu tenho medo do inseguro, dos fantasmas da minha voz. Não me deixe só que o meu destino é raro, eu não preciso que seja caro quero gosto sincero do amor. Fique mais, que eu gostei de ter você não vou mais querer ninguém agora que sei quem me faz bem. Não me deixe só que eu saio na capoeira sou perigosa, sou macumbeira, eu sou de paz, eu sou do bem mas não me deixe só.”

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Propagandas deveriam ser proibidas.


Bom, ele tem um metro e oitenta (e alguns) centímetros. Veste o manequim 38. Os sapatos são, .... (não sei o numero dos sapatos, já que o pé é a parte mais feia do seu corpo, mas não deixem que ele saiba, isso poderá ser usado contra você daqui algum tempo). Cabelo preto, grosso, e um tanto quanto liso, apesar de ter feito escova progressiva aos 15. Os olhos são pretos também, orientais. Não fecham completamente enquanto dorme, o que é um pouco constrangedor no inicio. Mão grande e as unhas de menina. Odeia comer sozinho, sempre obcecado com o peso (trauma). Cerveja o deixa bêbado, a bebe rápido demais, o que o deixa bêbado rápido demais, e o faz querer dormir rápido demais. Fraco pra cervejas. Bebe acompanhado de um bom petisco. Não gosta de vodka, já gostou, hoje em dia não mais (trauma 2). Gosta de wisk com energético, o que o faz ficar aceso e completamente sem equilíbrio, portanto ficará escorando nas pessoas ao seu redor, principalmente na namorada. Conheço desde os meus 13 anos, amigo aos 14, namorado aos 15, ex namorado aos 16, intercambista aos 17(dele), namorado, de novo, aos 18 (meus). Orgulhoso. Machista e completamente sistemático, apesar de não gostar de ser qualificado como tal. Murrinha pra comprar comida, móveis pra republica. Nem um pouco murrinha em festas e bebidas. Dorme com a boca aberta e range os dentes. Gosta dos amigos que tem, principalmente de um ou dois em especial. É ótimo em amizades, exerce muito bem o cargo de melhor amigo que lhe foi atribuído por muitos que conheço, mesmo sem saber. Calouro em 2009, veterano em 2010. Agrônomo por forças das circunstancias. Ou por talento, mas ele ainda não sabe dessa parte. Odeia pessoas preguiçosas, em particular pessoas que respondem pelo nome de Suzana e que são extremamente preguiçosas. As folgadas também, neste caso não há um nome especifico, é generalizado. Já brigou muito com o pai no passado. Tem ''transtorno obsessivo compulsivo'' em tirar fios de cabelo quando fica nervoso,inquieto, ou entediado. Quando esta careca tira fiozinhos da namorada, pra não perder o costume. Se esforça pra conviver pacificamente com a família, apesar de brigar sempre com os mesmos. É educado, cativante e cheiroso. Prefere discussões silenciosas a gritar e falar por impulso. Tem ótimo gosto pra roupas. Apesar de ficar lindo de chinelo hawaiana, bermuda e camiseta velha. Faz rir espontaneamente e odeia pessoas que forçam a barra. Gosta de toque. De tocar, preferencialmente. E de carros, queria ter um amarelo um dia. Briga por motivos variados. Motivos bobos, sérios, e é sempre ele que acaba ganhando no fim de cada uma das discussões. Compra trident do rosa porque peço do azul. Tem o péssimo habito de fazer as pessoas se apaixonarem por ele. O péssimo habito de ser sempre durão. O péssimo habito de persuadir as pessoas com o que quer. O péssimo habito de dirigir extremamente bem. É romântico não assumido. Gosta das coisas ao seu modo, no seu tempo, na sua situação. Delega certas responsabilidades. Sagitariano nato! É possessivo e ciumento, apesar de relutar para admitir. A única comida, comida mesmo tipo bife e batata frita, que come fria é arroz. Não é do tipo que abre a porta do carro, mas paga a conta. Não é romântico em momentos inoportunos, mas é encantador nas horas que se precisa dele. É o melhor namorado que se possa imaginar, mas também não sabe dessa parte.

(Por, fontes bem seguras.)
Propagandas não deveriam ser feitas, deveriam ser extremamente proibidas. Principalmente quando relacionada ao amor da sua vida.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Tudo diferente




Todos caminhos trilham pra a gente se ver
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade

A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta

Todos caminhos trilham pra a gente se ver
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, né
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade

A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta

Você passa, eu paro
Você faz, eu falo
Mas a gente no quarto sente o gosto bom que o oposto tem
Não sei, mas sinto, uma força que embala tudo
Falo por ouvir o mundo, tudo diferente de um jeito bate

Todos caminhos trilham pra a gente se ver
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade

A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta

Maria Gadú

sábado, 30 de janeiro de 2010

Amor maior.

E como é difícil o dia a dia de uma família. Cada um do seu jeito, totalmente distintos com as diferenças que de certa forma se igualam. E eu odeio o jeito que a minha irmã se faz de santa e quando ela usa as minhas roupas sem pedir, principalmente as blusinhas novas, lindas, e laranjadas. E como eu odeio o fato da minha mãe sempre defender ela, a caçulinha indefesa. Sempre! Deve ser por achar que ela é boazinha, ou uma coitada. Cômico, a minha irmã é a pessoa mais duas caras do mundo. E o meu pai, neutro, tentando se manter fora das brigas, e quando entra é como se a minha casa fosse algo parecido com o palco de uma guerra mundial.

E é engraçado como eu quero sumir dessa casa e nunca mais precisar de nenhum deles nem pra comprar um chicletes ping e pong, como agora, e o mais engraçado ainda é ver, depois de aproximados 13 minutos, que eu não vivo sem eles e que eles são a coisa mais preciosa que eu tenho na vida toda. Que a minha mãe surta, arremessa objetos na minha direção e belisca, e fica sem conversar, e chora de raiva, e depois de arrependimento, e abraça, e tem o melhor abraço do mundo e me faz sentir raiva de mim mesma por brigar tanto com ela. Que a minha irmã é uma chata, manipuladora, com a cara de santa mais linda que eu conheço, e que brigar com ela é a pior coisa do mundo, porque eu preciso da opinião dela, e preciso saber o que ela achou do meu cabelo, e contar dos meus sonhos, e preciso que ela fale mal comigo daquela menina que eu odeio e que ela odeia também só pelo fato de ser minha irmã e tomar todas as dores do mundo que eu possa ter. Que eu preciso que ela desborre a minha unha mal-feita e fale se a minha roupa esta boa. Que eu preciso que ela coma lanche comigo pra eu não engordar sozinha e preciso dela me xingando e rindo comigo, e assistindo filmes e chorando inconsolavelmente por causa dos mesmos. Que o meu pai é o melhor pai do mundo e ver como ele fica triste quando eu saio muito durante a semana e dou mais atenção pro meu namorado do que pra ele e não falo mais ‘’te amo’’ como falava há alguns anos atrás, me corta o coração. Que eu adoro assistir jogo de tênis no Sportv com ele e vê-lo xingando a Serena Williams porque ela já ganhou títulos demais me faz rir como uma boba. Que me irrita quando ele fica a tarde em casa reclamando do guarda-roupa aberto e da luz acesa.Que eu adoro quando a barba dele esta por fazer e pinica meu rosto e eu fico reclamando pra ele dar um jeito nisso. Que o jeito que um marmanjão de quase 50 anos fala com uma cachorra é vergonhoso e ao mesmo tempo a coisa mais doce que se pode ouvir nos tempos de hoje. E ver que me dói pensar ficar sem eles e que eu os amo imensuravelmente, e que o desejo momentâneo de não mais precisar deles não passa de um blefe porque é deles que eu vou precisar pro resto da minha existência. E são eles que vão estar ao meu lado, haja o que houver.

"Brigam por qualquer razão, mas acabam pedindo perdão."

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ah, não.

No dia em que nada, absolutamente nada está agradando. Assistir televisão irrita, o livro não prende a atenção, a internet ta um saco, a voz da irmã cantando é de deixar os nervos à flor da pele. Odeio quando o surto de mau humor repentino bate. O telefone tocou e fui capaz de dizer aos amigos que não quero companhia nessa quarta chuvosa e tensa. Nem ver o Palmeiras ganhando e o meu cunhado, Curinthiano (e eu sei que está errado, mas é como os próprios torcedores se referem ao glorioso tímico de bosta) roxo e neurótico, se descabelando na frente da tv está agradando, nem isso. Deve ser a tensão pré m.. ou sei lá, crise de existência, falta de namorado, tédio causado pela chuva. Nem a mensagem no celular melhorou o humor. Só quero as minhas musicas tocando e ficar quietinha, quietinha, quietinha. Eu, os pensamentos, o bom e velho ‘passaneuro’ e o fiel e leal travesseiro rosa, porque hoje o meu cobertor de orelha dos olhinhos orientais não está presente pra me aconchegar.

Amanhã vai dar o maior solzão, pode apostar!

Se é pra falar de amor...


''É cansativo viver sem vírgulas porque eu respiro a sua existência 24 horas por dia, e só coloco vírgulas teatrais para você não enjoar de mim.
Te amar não é fácil, é quase o anti-amor. É muito quase como se você nem existisse, porque só o homem perfeito mereceria tanto sentimento. E eu te anulo o tempo todo dizendo para mim, repetindo para mim, o quanto você falha, o quanto você fraqueja, o quanto você se engana. E fazendo isso, eu só consigo te amar mais ainda. Porque você enterrou meu sonho aprisionado pela perfeição e me libertou para vivê-lo. E a gente vai por aí, se completando assim meio torto mesmo. E Deus escrevendo certo pelas nossas linhas que se não fossem tão tortas, não teriam se cruzado.''

Tempo, mestre de todas as horas e dias



Stephen King escreveu: “O tempo leva tudo. O que você quer e o que não. O tempo leva tudo. O tempo arrasta tudo. E, no final, só resta a escuridão. Às vezes, encontramos outros nessa escuridão. E outras vezes, perdemos eles de novo’’.

Assim como leva, ele ensina, ajuda, derruba. O tempo é nosso, e somos nós mesmos que aproveitamos ou não o ''curto'' período que nos é cedido.
Quando se tem doze anos, por exemplo, você é a pessoa mais brega da face da terra, cheia de trejeitos e toda desajeitada com as coisas que estão acontecendo. Aos quinze descobre que pode sair e tem a pretensão de chegar aos dezoito e abraçar o mundo. E quando chega aos tão esperados dezoito, vê que não há muita diferença em ter a maioridade e que ter dezessete é tão bom quanto ter dezoito, com a sutil diferença que se pode dirigir legalmente e entrar nos lugares sem ser barrada. Vê também como o tempo te fez bem, como é melhor agora do que aos treze, como o seu cabelo está mais bonito, o seu corpo mais evoluído, as suas roupas melhoram e você esta bem menos brega. Aos trinta (não cheguei lá, mas espero pensar assim) você vê como era patética aos dezenove e que todos os maiores problemas do mundo daquela época soam como piadas pra você agora.
Só o tempo resolve, ajeita, coloca as coisas no lugar. E somos nós os senhores de nosso próprio tempo. Com o tempo você vai aprendendo que as coisas nem sempre são como programadas e quando elas saem do planejado podem ficar ainda melhores. O difícil é se conciliar e o entender aos quinze, dezoito, dezenove anos. Tenso é que tempodá medo na medida que passa e mais as coisas se aproximam do futuro, dá aquele enjôo, chamado de friozinho na barriga. Pensar no que fazer do amanhã, e o que fazer depois que acabar a faculdade. O que se tem a fazer é se aliar ao tempo, e fazer dele o melhor que ele possa ser, e no fim, no momento de acertar as contas aqui, é que vamos ter a certeza de como ele nos fez bem. Mas e agora? Agora vamos viver tudo que há pra viver! E que cada parte desse tudo tenha o seu próprio tempo. Não o atropele, não lute contra ele. Ande junto, corra junto, caminhe junto. Só o tempo esclarece, só o tempo!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Nós



Dois corpos distintos, duas histórias, dois cursos paralelos, quem sabe até duas direções. Nós dois. Opostos, invertidos num ângulo perfeito, avesso um do outro, paralelo, simétricos, semelhantes. Juntos. Como antes, mas de uma forma completamente diferente. Diferente do que éramos há cinco anos atrás, quem sabe até maduros. O nosso amor errado que, no entanto nos parece absolutamente certo. Nossas trocas de ‘gentileza’ e afeto mutuo, que nos diferencia dos casais padrões. As brigas, as idas e vindas, o jeito que nos amamos e como as coisas acontecem com a gente. Como brigamos arduamente por bobeiras e nunca por coisas sérias, e no momento em que o simples fato de assistir um filme, ou o jornal da noite com você, deitada no seu braço e encontrando ali a segurança que preciso pra saber que se o mundo acabar lá fora eu vou estar bem, e você me acariciando o ombro, é aí, exatamente aí que eu me dou conta de como é você que eu amo e como nós ficamos bem juntos. Apesar de todos os pesares.
E esse amor nasceu pra ser amor e não sabe ser outra coisa!
‘’Não acredito que maus fluidos, por mais fortes que sejam, consigam destruir um amor bonito.’’

Maldito/bendito costume


Nós nos acostumamos a dormir tarde e acordar cedo, tudo bem que muitas vezes o organismo grita “help”, mas a questão é que de uma forma ou de outra nos acostumamos. Nos acostumamos a brigar com os irmãos diariamente, a comer arroz diariamente, a jantar com a família. Nos acostumamos a não ter dinheiro no final do mês. E ficar a mil no primeiro dia útil, quando o pagamento vem. Acostumei a ter alguém pra me cuidar, pra assistir filme nos dias de chuva, e nos dias do tédio. Acostumei a chegar acompanhada no sábado a noite e dormir de conchinha. Me acostumei com o seu jeito e o seu perfume. Como ri, ou grita comigo. Acostumei com a sua casa, a sua família, o seu jeito desajeitado de dizer que me ama. Com a sua mão maior que a minha e o jeito que elas combinam entre si. Com o tom de voz, a sua dobrinha na nuca e a sua cara de bobo. Acostumei com o seu pé estonteantemente feio. Acostumei tanto, tanto a te amar, que te amo como de costume e de certa forma de um jeito só nosso, que reinvento todos os dias, só pra não deixar de ser amor. Pra ser o nosso costume no melhor sentido que ele possa ter.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


"Sinto que você é ligado a mim sempre que estou indo, volto atrás"

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010


Quero poder acordar as três da tarde durante a semana e ficar em casa o dia todo assistindo seriados. Quero ir trabalhar mais disposta, quero ter muito trabalho quando chegar amanhã no Fórum. Quero silêncio, quero que a minha cólica passe. Quero barulho, amigos, festa, cerveja. Quero filme, pipoca, namorado. Quero saber o que realmente quero!