terça-feira, 10 de janeiro de 2012

"Nunca tive medo de me mostrar. Você pode ficar escondido em casa, protegido pelas paredes. Mas você tá vivo, e essa vida é pra se mostrar. Esse é o meu espetáculo. Só quem se mostra se encontra. Por mais que se perca no caminho."

(Cazuza)

domingo, 8 de janeiro de 2012

Me pego olhando para uma tela branca e vazia..
Não tenho o que escrever, preciso, quero, quero muito, mas não consigo
E fica a velha pergunta que me assombra há algum tempo, o vazio vai durar pra sempre?
Em uma conversa com um amigo semana passada disse que ele deveria parar e refletir, porque as vezes o problema pode estar nele e não nas pessoas com quem ele se relaciona. E hoje, olhando pra tela branca, bingo! Percebi que o problema deve ser é comigo...
Cansada do nada e esse nada, infelizmente ou felizmente, tem me feito mais desacreditada, mais realista e cinica com a vida. Falta fé.

Se eu posso citar um desejo pra 2012? ''Eu só queria saber por onde caminhar''

sexta-feira, 15 de abril de 2011

..coisa de mulher romântica


Daquela festa, aquele sábado, chutando baixo, poderia ter saído dois casamentos e um namoro. Havia pessoas interessantes lá, mas o fato é que elas só se tornam realmente interessantes à luz do dia, não naquelas luzes néon e aquela pista de led. É que, sendo bem sincera, naquele escuro não dava pra notar. Inclusive, a vodca era absolut, o energético estava a preço promocional e o menino mais bombadinho da festa, com gel no cabelo, camiseta polo play e um relógio maneiro estava dando mole pra ela. ‘’Pronto, lucrei’’, sussurrou, fazendo cara de menina malandra. O cabelo estava todo trabalhado na escova e o vestido, de longe, era o mais bonito da festa, ela tinha a obrigação moral de estar sorrindo. ‘’Sortuda!’’ invejavam as amigas. Aquela era, sem dúvida, a melhor festa da cidade e ela tinha um cabelo liso, um salto agulha e estava investindo pesado na dose de vodca com energético. Aquilo sim era aproveitar a vida com tudo que há de bom.
Mas e o vazio que ela sentira noites a fio deitada no travesseiro cor-de-rosa chá?! Por incrível que pareça ele ainda estava lá. Ela não sentia nada, não conseguia sentir nada. Qualquer coisa que ousasse se parecer com sentimento ela estava topando. Afinal, nada parecido pousa por lá há tempos. Não sente mais as borboletas no estômago e nem chora em comédias românticas. Não tem coração, que dirá pulsação.. ocupou o lugar um grande buraco chamado vazio. Vazio este que não acrescenta, não subtrai, não entristece, não é gelado nem quente. É morno. É nada. E como algum sábio disse um dia desses: "mil vezes zero é zero". Ela só queria ser tocada no fundo, que a trouxessem pra vida de novo. Que a descolagelassem. Só queria lembrar como é a sensação daquelas borboletas no estômago. Como é se preocupar com alguém, estar com alguém no domingo chuvoso, não por tédio, mas por realmente sentir prazer em estar ali, presa no sofá vendo Faustão. Ela queria ver um ursinho bobo na vitrine de uma loja qualquer e, sem razão ou motivo aparente, achar aquilo a coisa mais romântica do mundo todo. Era só por um amor perene que ela rezava todos os dias. “Um amor tranquilo com sabor de fruta mordida”. Sem precisar que a vodca e a promoção de energético os digam que ela é boa o suficiente pra ter qualquer cara interessante...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O que vem depois?

Depois daquele pesadelo da noite passada no qual você sorria lindo, e se afastava forte e sumia como num piscar de olhos. O que vem depois das noites mal dormidas, das festas estranhas, daquela vodka que faz esquecer milagrosamente? O que vem depois que o telefone toca, que surge um email inesperado? O que vem agora, depois dos tombos, das lágrimas, do silêncio, da distância, da ausência ou até mesmo da presença em horas inoportunas. De toda a cobrança mutua?
Vem chegando e se aconchegando o nada. Não há nada pra vir. Então estaciona aquele vazio e com ele alguma coisa que não se consegue definir. A nostalgia. O ciúme que lateja. A vontade da presença, do físico, do intimo. A vontade do sorriso, da nuca que faz dobrinhas. Fica estático o querer num misto de não querer. As bipolaridades sentimentais que ninguém entende, nem a gente entende. A expectativa do amanhã, da semana que vem. Vem a falta de êxtase com a chegada de uma mensagem inesperada. Pois é, a FALTA de êxtase. A empolgação já não existe mais. E com essa falta vem a tristeza. Tristeza de não saber mais o que se sente. De ter um sapo engasgado na garganta, três discursos prontos, ensaiados noites a fio no banheiro. O abraço reprimido daquela hora que só ele traria de volta a paz. A falta. O medo de ignorar você, ainda presente em minha vida, e dobrar a próxima esquina deixando tudo que fomos pra trás..
Ou quem sabe o medo de ser mesmo você, de amar pra sempre, de continuar te encontrando pra sempre..
O receio de que ao virar a próxima esquina eu te encontre, ou não, de novo no final da avenida.

domingo, 4 de julho de 2010

...

"E se eu me entregar, será que vai rolar?"

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Esgotada.

Principalmente de mim.

Mais um pra hoje

Como era difícil acordar domingo e aceitar o fato de que passei o fim de semana dormindo sozinha. Como era mesquinho sentir inveja dos casais apaixonados dos filmes, que andam de mãos dadas e transmitem uma felicidade incrível a dois. Como era fraqueza pegar o celular no meio da noite e ligar sem identificador de chamadas até a ligação cair. Como era humilhante me sentir pequena perto de uma felicidade visível e insuportavelmente grande. Como era corajoso ouvir pessoas estranhas dizendo coisas realmente desnecessárias a seu respeito. Me resumo fraca nesse tempo. E sei que sou forte por admitir isso. Sei que sou forte por encarar os meus sentimentos. Sei que sou forte pelo fato de não ver em você quem você realmente é. Só vejo uma pessoa vazia agora, vazia de princípios, vazia de caráter, vazia de respeito. Esperava mesmo que fosse um homem de palavras, mas me enganei de novo, tola que sou, você não é se quer um homem que dirá um homem de palavras.