sábado, 30 de janeiro de 2010

Amor maior.

E como é difícil o dia a dia de uma família. Cada um do seu jeito, totalmente distintos com as diferenças que de certa forma se igualam. E eu odeio o jeito que a minha irmã se faz de santa e quando ela usa as minhas roupas sem pedir, principalmente as blusinhas novas, lindas, e laranjadas. E como eu odeio o fato da minha mãe sempre defender ela, a caçulinha indefesa. Sempre! Deve ser por achar que ela é boazinha, ou uma coitada. Cômico, a minha irmã é a pessoa mais duas caras do mundo. E o meu pai, neutro, tentando se manter fora das brigas, e quando entra é como se a minha casa fosse algo parecido com o palco de uma guerra mundial.

E é engraçado como eu quero sumir dessa casa e nunca mais precisar de nenhum deles nem pra comprar um chicletes ping e pong, como agora, e o mais engraçado ainda é ver, depois de aproximados 13 minutos, que eu não vivo sem eles e que eles são a coisa mais preciosa que eu tenho na vida toda. Que a minha mãe surta, arremessa objetos na minha direção e belisca, e fica sem conversar, e chora de raiva, e depois de arrependimento, e abraça, e tem o melhor abraço do mundo e me faz sentir raiva de mim mesma por brigar tanto com ela. Que a minha irmã é uma chata, manipuladora, com a cara de santa mais linda que eu conheço, e que brigar com ela é a pior coisa do mundo, porque eu preciso da opinião dela, e preciso saber o que ela achou do meu cabelo, e contar dos meus sonhos, e preciso que ela fale mal comigo daquela menina que eu odeio e que ela odeia também só pelo fato de ser minha irmã e tomar todas as dores do mundo que eu possa ter. Que eu preciso que ela desborre a minha unha mal-feita e fale se a minha roupa esta boa. Que eu preciso que ela coma lanche comigo pra eu não engordar sozinha e preciso dela me xingando e rindo comigo, e assistindo filmes e chorando inconsolavelmente por causa dos mesmos. Que o meu pai é o melhor pai do mundo e ver como ele fica triste quando eu saio muito durante a semana e dou mais atenção pro meu namorado do que pra ele e não falo mais ‘’te amo’’ como falava há alguns anos atrás, me corta o coração. Que eu adoro assistir jogo de tênis no Sportv com ele e vê-lo xingando a Serena Williams porque ela já ganhou títulos demais me faz rir como uma boba. Que me irrita quando ele fica a tarde em casa reclamando do guarda-roupa aberto e da luz acesa.Que eu adoro quando a barba dele esta por fazer e pinica meu rosto e eu fico reclamando pra ele dar um jeito nisso. Que o jeito que um marmanjão de quase 50 anos fala com uma cachorra é vergonhoso e ao mesmo tempo a coisa mais doce que se pode ouvir nos tempos de hoje. E ver que me dói pensar ficar sem eles e que eu os amo imensuravelmente, e que o desejo momentâneo de não mais precisar deles não passa de um blefe porque é deles que eu vou precisar pro resto da minha existência. E são eles que vão estar ao meu lado, haja o que houver.

"Brigam por qualquer razão, mas acabam pedindo perdão."

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ah, não.

No dia em que nada, absolutamente nada está agradando. Assistir televisão irrita, o livro não prende a atenção, a internet ta um saco, a voz da irmã cantando é de deixar os nervos à flor da pele. Odeio quando o surto de mau humor repentino bate. O telefone tocou e fui capaz de dizer aos amigos que não quero companhia nessa quarta chuvosa e tensa. Nem ver o Palmeiras ganhando e o meu cunhado, Curinthiano (e eu sei que está errado, mas é como os próprios torcedores se referem ao glorioso tímico de bosta) roxo e neurótico, se descabelando na frente da tv está agradando, nem isso. Deve ser a tensão pré m.. ou sei lá, crise de existência, falta de namorado, tédio causado pela chuva. Nem a mensagem no celular melhorou o humor. Só quero as minhas musicas tocando e ficar quietinha, quietinha, quietinha. Eu, os pensamentos, o bom e velho ‘passaneuro’ e o fiel e leal travesseiro rosa, porque hoje o meu cobertor de orelha dos olhinhos orientais não está presente pra me aconchegar.

Amanhã vai dar o maior solzão, pode apostar!

Se é pra falar de amor...


''É cansativo viver sem vírgulas porque eu respiro a sua existência 24 horas por dia, e só coloco vírgulas teatrais para você não enjoar de mim.
Te amar não é fácil, é quase o anti-amor. É muito quase como se você nem existisse, porque só o homem perfeito mereceria tanto sentimento. E eu te anulo o tempo todo dizendo para mim, repetindo para mim, o quanto você falha, o quanto você fraqueja, o quanto você se engana. E fazendo isso, eu só consigo te amar mais ainda. Porque você enterrou meu sonho aprisionado pela perfeição e me libertou para vivê-lo. E a gente vai por aí, se completando assim meio torto mesmo. E Deus escrevendo certo pelas nossas linhas que se não fossem tão tortas, não teriam se cruzado.''

Tempo, mestre de todas as horas e dias



Stephen King escreveu: “O tempo leva tudo. O que você quer e o que não. O tempo leva tudo. O tempo arrasta tudo. E, no final, só resta a escuridão. Às vezes, encontramos outros nessa escuridão. E outras vezes, perdemos eles de novo’’.

Assim como leva, ele ensina, ajuda, derruba. O tempo é nosso, e somos nós mesmos que aproveitamos ou não o ''curto'' período que nos é cedido.
Quando se tem doze anos, por exemplo, você é a pessoa mais brega da face da terra, cheia de trejeitos e toda desajeitada com as coisas que estão acontecendo. Aos quinze descobre que pode sair e tem a pretensão de chegar aos dezoito e abraçar o mundo. E quando chega aos tão esperados dezoito, vê que não há muita diferença em ter a maioridade e que ter dezessete é tão bom quanto ter dezoito, com a sutil diferença que se pode dirigir legalmente e entrar nos lugares sem ser barrada. Vê também como o tempo te fez bem, como é melhor agora do que aos treze, como o seu cabelo está mais bonito, o seu corpo mais evoluído, as suas roupas melhoram e você esta bem menos brega. Aos trinta (não cheguei lá, mas espero pensar assim) você vê como era patética aos dezenove e que todos os maiores problemas do mundo daquela época soam como piadas pra você agora.
Só o tempo resolve, ajeita, coloca as coisas no lugar. E somos nós os senhores de nosso próprio tempo. Com o tempo você vai aprendendo que as coisas nem sempre são como programadas e quando elas saem do planejado podem ficar ainda melhores. O difícil é se conciliar e o entender aos quinze, dezoito, dezenove anos. Tenso é que tempodá medo na medida que passa e mais as coisas se aproximam do futuro, dá aquele enjôo, chamado de friozinho na barriga. Pensar no que fazer do amanhã, e o que fazer depois que acabar a faculdade. O que se tem a fazer é se aliar ao tempo, e fazer dele o melhor que ele possa ser, e no fim, no momento de acertar as contas aqui, é que vamos ter a certeza de como ele nos fez bem. Mas e agora? Agora vamos viver tudo que há pra viver! E que cada parte desse tudo tenha o seu próprio tempo. Não o atropele, não lute contra ele. Ande junto, corra junto, caminhe junto. Só o tempo esclarece, só o tempo!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Nós



Dois corpos distintos, duas histórias, dois cursos paralelos, quem sabe até duas direções. Nós dois. Opostos, invertidos num ângulo perfeito, avesso um do outro, paralelo, simétricos, semelhantes. Juntos. Como antes, mas de uma forma completamente diferente. Diferente do que éramos há cinco anos atrás, quem sabe até maduros. O nosso amor errado que, no entanto nos parece absolutamente certo. Nossas trocas de ‘gentileza’ e afeto mutuo, que nos diferencia dos casais padrões. As brigas, as idas e vindas, o jeito que nos amamos e como as coisas acontecem com a gente. Como brigamos arduamente por bobeiras e nunca por coisas sérias, e no momento em que o simples fato de assistir um filme, ou o jornal da noite com você, deitada no seu braço e encontrando ali a segurança que preciso pra saber que se o mundo acabar lá fora eu vou estar bem, e você me acariciando o ombro, é aí, exatamente aí que eu me dou conta de como é você que eu amo e como nós ficamos bem juntos. Apesar de todos os pesares.
E esse amor nasceu pra ser amor e não sabe ser outra coisa!
‘’Não acredito que maus fluidos, por mais fortes que sejam, consigam destruir um amor bonito.’’

Maldito/bendito costume


Nós nos acostumamos a dormir tarde e acordar cedo, tudo bem que muitas vezes o organismo grita “help”, mas a questão é que de uma forma ou de outra nos acostumamos. Nos acostumamos a brigar com os irmãos diariamente, a comer arroz diariamente, a jantar com a família. Nos acostumamos a não ter dinheiro no final do mês. E ficar a mil no primeiro dia útil, quando o pagamento vem. Acostumei a ter alguém pra me cuidar, pra assistir filme nos dias de chuva, e nos dias do tédio. Acostumei a chegar acompanhada no sábado a noite e dormir de conchinha. Me acostumei com o seu jeito e o seu perfume. Como ri, ou grita comigo. Acostumei com a sua casa, a sua família, o seu jeito desajeitado de dizer que me ama. Com a sua mão maior que a minha e o jeito que elas combinam entre si. Com o tom de voz, a sua dobrinha na nuca e a sua cara de bobo. Acostumei com o seu pé estonteantemente feio. Acostumei tanto, tanto a te amar, que te amo como de costume e de certa forma de um jeito só nosso, que reinvento todos os dias, só pra não deixar de ser amor. Pra ser o nosso costume no melhor sentido que ele possa ter.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


"Sinto que você é ligado a mim sempre que estou indo, volto atrás"

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010


Quero poder acordar as três da tarde durante a semana e ficar em casa o dia todo assistindo seriados. Quero ir trabalhar mais disposta, quero ter muito trabalho quando chegar amanhã no Fórum. Quero silêncio, quero que a minha cólica passe. Quero barulho, amigos, festa, cerveja. Quero filme, pipoca, namorado. Quero saber o que realmente quero!