quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Certas coisas a gente não entende.



Não sei como eu tenho amigos. Sinceramente, eu devo ser a pessoa mais chata da face da terra e ainda estou rodeada de amigos que, não sei de que maneira, me amam (e eu sei que amam mesmo, porque, caso contrario, não teriam motivos plausíveis para agüentar alguém com uma personalidade tão difícil como a minha). Ciumenta, chorona, mal humorada, possessiva ao extremo. Mimada, totalmente, completamente, absurdamente mimada! Brigo com as pessoas que amo com a mesma freqüência que fico de tpm, ou mais.
Minha mãe faz grandes esforços pra me suportar em certos dias. Até a coitadinha da minha cachorra me despreza quando chego no limite da minha chatice. Admiro meu “namorado” (que esta entre aspas já que estamos em um momento 'light' do relacionamento), que apesar de ser o mais insuportável do planeta, conseguiu me agüentar até hoje. E olha que não é uma tarefa fácil. As minhas melhores amigas, de um modo generalizado já que existe mais de uma ou duas melhores amigas, são realmente as mais incríveis. As vezes fico pensando, analisando, tentando compreesnder o porque delas continuarem ao meu lado! Meu Deus, elas são mesmo o máximo...
Pior de ser chata, mimada, birrenta, é admitir isso a si mesma. É ter consciência disso, é estar certa de que é preciso se controlar vez ou outra! Mas só eu sei o quanto agradeço por ter as pessoas mais especiais comigo.
É assim, certas coisas a gente não entende.
“Há duas espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e os amigos, que são os nossos chatos prediletos.” Já dizia Mario Quintana.

domingo, 15 de novembro de 2009

O tempo voa, amor.


Eu vejo a vida melhor no futuro. Eu vejo isto por cima do muro de hipocrisia
que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais farta e clara repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa, que isto valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era de gente fina, elegante e sincera
Com habilidade pra dizer mais sim do que não
Hoje o tempo voa, amor. Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir não há tempo que volte, amor
Vamos viver tudo o que há pra viver
Vamos nos permitir!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Minha guerreira


Desde pequena aprendi a conviver com algo que para muitas pessoas não é nem um pouco comum. Algo que vai alem da normalidade das famílias tradicionais. Minha família é tradicional de uma certa forma, com um toque todo especial de loucura, claro!
O que a torna um tanto quanto “incomum” é eu ter no quarto ao lado o maior exemplo de superação e força que se pode ter em toda uma vida: minha mãe! Aos 25 anos ela sofreu um acidente gravíssimo de carro e eu estava presente, tinha apenas um ano. Não lembro de nada, não sei como aconteceu. O que sei é que a partir de então, aquela mãe, irmã, filha, esposa, normal como qualquer outra passou a ser a guerreira das minhas historias em quadrinho. A guerreira da minha vida!
Ela era jovem, linda, com um bebê pra cuidar, e o destino prega-lhe uma peça dessas. Ela perdeu os movimentos das pernas. Fez fisioterapia, tratamentos diversos em outras cidades. Ela se fez forte, chorava apenas no banho pra que as pessoas que estavam a sua volta não precisarem ficar ainda mais tristes com todas aquelas conturbações que estavam acontecendo na vida da minha família (minha avó materna faleceu de câncer nos pulmões dois meses depois do acidente da minha mãe). Mas ela não deixou de sorrir, não deixou de criar sua filha, de cuidar da casa, do marido, de ajudar os irmãos, não deixou de viver. Ela queria viver, e agradecia a todo o momento por Deus não ter a levado naquele acidente. Ela ensinou a todos nós o quanto a vida pode levar de nós, mas pode também nos fazer aprender com cada uma das coisas que perdemos pelo caminho. Ela foi, é e sempre vai ser o nosso exemplo.
Aprendi com ela que o que acontece acontece sempre com um propósito, e era pra ter acontecido mesmo com a minha mãe. E não falo isso por mal, muito pelo contrario, me orgulho da mãe que tenho, da família que tenho! Se não fossem por eles, por ela em especial, talvez eu não veria as coisas da forma que vejo.


E à minha guerreira só tenho a dizer que a admiro em tudo, tudo mesmo. Admiro como mãe, como filha, como mulher, companheira, irmã, tia.. de todas as formas possíveis. Admiro quando ela olha pra Mell e fala com ela como se fosse a sua filha caçula, ou quando grita estéricamente e depois ri de si mesma por admitir o quão louca é. A admiro no dom que possui de amar sem medidas, de perdoar, de se dedicar aos outros em primeiro lugar e ser sempre segundo plano, o que a faz ser única e necessária nas nossas vidas.
É meu exemplo de determinação, de mulher, de mãe, de pessoa, de ser humano. Sou muito sua fã. E a amo com todas as minhas forças, maior que o céu.
Agradeço por ser minha, apesar de eu ser assim, uma filha não tão boazinha, mimada, birrenta e muito chata!

domingo, 1 de novembro de 2009

E na manhã seguinte..


Mais uma vez eu chego em casa com uma vontade imensurável de me atirar de uma ponte!
Trágica, eu sei. Um pouco é exagero, mas a realidade é que eu não aguento mais me contradizer muito menos me deixar levar pelo meu maldito impulso.
Preciso lembrar de fechar os olhos, respirar e contar até dez.