sábado, 5 de dezembro de 2009


''Você sabe como eu sou despreocupada que me encerro neste quarto e me permito todas a divagações, as fantasias, obsessões, perseguições, todos os dias você sabe que eu me viro de inventos que eu me reparto e dou crias que eu mal me resolvo e me aguento
carrego pedras no bolso e enfrento ventanias.

Você sabe como eu sou desorientada. Raciocínio pelo instinto e cometo fugas de túnel de ladra de galeria uso malhas e madras manhas e lenhas e percorro superfícies em que você escorregaria. Mas você sabe como eu sou de subsolos de subterfúgios, de subversos subliminares
como eu sou de submundos subterrãneos, de sub-reptícias folias
meio de circo, meio de farsa ervas, panfletos, fluídos, presságios
quebrantos, jeitos, gírias, reviras de sensações e cismas, filosofias. De como eu sou de estradas, andanças, pressentimentos atmosférica e vadia
gato da noite, de crises, guitarras ouros e danças e circunstâncias
de vinho azedo e companhia. Que eu sou de todas as misturas
todas as formas e sintonias e enfrento esse aperto, essas normas
forças, pressões, imposições, o poderio os intervalos, o silêncio da maioria.

Você sabe de toda minha luta mesmo quando a intenção silencia
que eu não cedo, não desisto a todo custo,, a toda faca, a todo risco
eu sobrevivo de paixão e de anarquia.

Você sabe bem de minha fraude. Você conhece as minhas alquimias.''

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