terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Maldito/bendito costume


Nós nos acostumamos a dormir tarde e acordar cedo, tudo bem que muitas vezes o organismo grita “help”, mas a questão é que de uma forma ou de outra nos acostumamos. Nos acostumamos a brigar com os irmãos diariamente, a comer arroz diariamente, a jantar com a família. Nos acostumamos a não ter dinheiro no final do mês. E ficar a mil no primeiro dia útil, quando o pagamento vem. Acostumei a ter alguém pra me cuidar, pra assistir filme nos dias de chuva, e nos dias do tédio. Acostumei a chegar acompanhada no sábado a noite e dormir de conchinha. Me acostumei com o seu jeito e o seu perfume. Como ri, ou grita comigo. Acostumei com a sua casa, a sua família, o seu jeito desajeitado de dizer que me ama. Com a sua mão maior que a minha e o jeito que elas combinam entre si. Com o tom de voz, a sua dobrinha na nuca e a sua cara de bobo. Acostumei com o seu pé estonteantemente feio. Acostumei tanto, tanto a te amar, que te amo como de costume e de certa forma de um jeito só nosso, que reinvento todos os dias, só pra não deixar de ser amor. Pra ser o nosso costume no melhor sentido que ele possa ter.

1 comentários:

Ana Victória disse...

Coisa mais linda

Postar um comentário