Depois daquele pesadelo da noite passada no qual você sorria lindo, e se afastava forte e sumia como num piscar de olhos. O que vem depois das noites mal dormidas, das festas estranhas, daquela vodka que faz esquecer milagrosamente? O que vem depois que o telefone toca, que surge um email inesperado? O que vem agora, depois dos tombos, das lágrimas, do silêncio, da distância, da ausência ou até mesmo da presença em horas inoportunas. De toda a cobrança mutua?
Vem chegando e se aconchegando o nada. Não há nada pra vir. Então estaciona aquele vazio e com ele alguma coisa que não se consegue definir. A nostalgia. O ciúme que lateja. A vontade da presença, do físico, do intimo. A vontade do sorriso, da nuca que faz dobrinhas. Fica estático o querer num misto de não querer. As bipolaridades sentimentais que ninguém entende, nem a gente entende. A expectativa do amanhã, da semana que vem. Vem a falta de êxtase com a chegada de uma mensagem inesperada. Pois é, a FALTA de êxtase. A empolgação já não existe mais. E com essa falta vem a tristeza. Tristeza de não saber mais o que se sente. De ter um sapo engasgado na garganta, três discursos prontos, ensaiados noites a fio no banheiro. O abraço reprimido daquela hora que só ele traria de volta a paz. A falta. O medo de ignorar você, ainda presente em minha vida, e dobrar a próxima esquina deixando tudo que fomos pra trás..
Ou quem sabe o medo de ser mesmo você, de amar pra sempre, de continuar te encontrando pra sempre..
O receio de que ao virar a próxima esquina eu te encontre, ou não, de novo no final da avenida.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)